sábado, 19 de dezembro de 2009
Assim se faz um colorado
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Os PB's na história da humanidade
Alexandres seria o lendário homônimo Alexandre “o grande”. Primeiro por que representa uma figura de liderança, um homem distinto de beleza e fama reconhecidas. Segundo por que o nome nos traz a mente, é inevitável. Terceiro todos nós sabemos de uma certa tendência afeminada de nosso herói e de seu relacionamento caliente com seu cavalo Bucéfalo. Isto tudo sem falar no epíteto de “o grande” adequado a nosso querido apresentador desde uma determinada foto para um ensaio do kzuka que o tamanho vem sendo creditado pelos integrantes do programa a nosso querido Alexandres.
Potter na minha opinião, seria Napoleão Bonaparte, um nanico invocado que até hoje ninguém sabe se era louco ou gênio. O fato é que com seu jeito meio descontrolado e sem freios o cara conquistou quase toda a Europa e inúmeros fãs, assim como nosso guri do Alegrete.
Piangers O genial albino seria Giuseppe Garibaldi, começando pela aparência excêntrica: barbudo, assustador, cara de Grinch, mas pelo fato do italiano sair da sua terra e vir até aqui cativar o nosso povo do RS. Também foi considerado “audacioso” demais por alguns companheiros de guerra, mas seus feitos refletem sua inegável genialidade.
Porã o integrante mais gostoso do PB seria Luís XVI, o rei da França ficou com uma má fama por ser casado com Maria Antonieta durante 17 anos e não ter consumado o caso. Isso nos leva a acreditar que o Frances tinha algum “problema” com sua vida íntima, real ou criado pelas intrigas da corte, como alegado pelo pretinho, isso não sabemos.
Maurício o pandeiro sem dúvida alguma seria Nero, longe de ter a crueldade e a insanidade do imperador romano, o Amaral se assemelha a este pelo seguinte: Nero ficou conhecido pelo seu gosto pela arte e por ter o costume de obrigar as pessoas a ficarem nos anfiteatros admirando seus dotes artísticos, enquanto ele cantava ou recitava e digamos que a atividade não era muito agradável aos demais.
KG nosso integrante épico não pode ser comparado a nenhum personagem histórico, simplesmente por que participou de toda essa história. KG foi colega de Alexandre na turma de Aristóteles, KG foi sobrevivente e ajudou a apagar os vestígios do incêndio de Roma causado por Nero, Carlos Eugenio aconselhou Luís XVI a procurar ajuda profissional para seu problema e anos depois ajudou Napoleão a fugir do exílio. KG alcançou a caneta para a assinatura da Paz do Ponche Verde.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Realmente obras...
Não sou nada perto de uma especialista, mas creio que minha construção crítica de cinema está se formando. Nesse processo passei por experiências com obras, clássicos ou não, que realmente mudaram minha vida.
Não posso dizer que esse filme mudou alguma concepção sobre algo, ele essencialmente me fez ter alguma concepção sobre tudo que se envolve em uma obra cinematográfica. Antes disso, eu apenas assistia, ria, chorava, sentia medo, mas jamais me envolvia. O filme acabava e minha emoção acabava com ele.
Don Juan De Marco com "Have you ever really loved a woman" me fez sentir a música incluída na cena, como se quando eu fechasse os olhos as cenas se seguissem automaticamente na minha mente.
Pela primeira vez um roteiro imprevisível, sem muita lógica, uma mescla de fantasia e realidade, chamou minha atenção. Juntamente com um Johnny Deep que me fez esquecer oEdward mãos de tesoura, um Marlon Brando que me fez rever meu conceito sobre galãs!
Ria quem quiser, mas não perdi a oportunidade de tê-lo em VHS, guardadinho, como relíquia. Um dia olharei aquela fita velha e lembrarei como meu primeiro filme de todos os outros que viriam.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Fim de semestre e de campeonato
Papai do céu me acuda, final de semestre... E pra ajuda, só agora me recuperei uma semana sem estar quase morrendo. É prova toda a semana, trabalho atrasado, entregas em cima da hora, meu projeto de pesquisa (que eu amo) abandonado, fim de mês acabando a grana e tudo mais de ralação que um universitário tem direito.
Até aí tudo normal, já passamos por isso no meio do ano e sobrevivemos ué. Isso se não tivesse o Inter, sim o Inter. Se não bastasse passar todo o ano perdendo o campeonato para nós mesmos, chegamos à última rodada com o time de maior possibilidade de desbancar (o já campeão) Flamengo, mas dependendo deles! (Leia-se aqui várias exclamações de baixo calão e carinhas de impressionante raiva)
É impressionante a felicidade dos torcedores co-irmãos em supor estar “ferrando” (leia-se fu####o) o querido Sport Club Internacional. Pois agora escrevo um desabafo, apenas para desencargo de “consciência” dos amigos tricolores:
· O Internacional entregou o título em inúmeras partidas derrotado por si mesmo durante o campeonato por pura INCOMPETÊNCIA!
· O Internacional entregou o título ao suportar atos de uma administração economista e comodista.
· O Internacional jamais espera que um clube que obteve uma campanha FRACASSADA fora de casa, vença o líder do campeonato dentro do maior estádio do Brasil. Nem se o futuro gremista dependesse disso, o clube da azenha seria capaz disso.
· O Internacional incontestavelmente de forma unânime não espera que um clube que tem seu ídolo chamado de “COPERO” Tcheco (como foi ovacionado no último domingo o capitão fracasso) tenha o mínimo senso de ética e profissionalismo. Coisa mais sem noção einhô...
O jeito é caprichar no calmante e sonhar com alguma alma boa que venha acudir meu pobre coraçãozinho campesino colorado universitário.
¹Obs .: A alta carga de adjetivos é necessário para desabafo e descarrego de raiva.
²Obs.: Este texto de maneira alguma poderá ser usado contra mim em um futuro breve pela baixa qualidade de edição e dissernimento.quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Pronto falei!
Acho que todo mundo aqui já sabe que o que eu não sou nessa vida é fresca. Mas minha nossa, já que evoluímos tanto desde o Australopitecos, há algumas evoluções, principalmente femininas, que poderiam ocorrer em nossa espécie:
1º Todo o cabelo poderia nascer lindo, longo e liso, que coisinha que da trabalho!
2º Pra que pêlos? Não precisamos mais deles, depilação torra a paciência!
3º Acho que também precisaríamos de dois fígados, ao invés de dois rins!
4º Ahh a menstruação, a pílula, o absorvente! Por que isso? Botões de liga e desliga no sistema reprodutor seriam de muito mais utilidade.
5º Assim como botões on/off no sono. Existe maior perda de tempo do que dormir? Tudo bem, eu sei que é bom e que a grande maioria das pessoas não concorda comigo, mas pensamos assim 1/3 das 24 horas do dia normalmente, em 100 anos serão 33 anos e 4 meses. Ahh... poderíamos deixar pra durmir depois de mortos.
E como diria as gurias da comunidade da Poppelândia: PRONTO FALEI!
sábado, 21 de novembro de 2009
De novo não!
Faz um tempo significativo que não escrevo. E também há um tempo quero escrever sobre isso, mas a faculdade anda me afogando os dias. Na semana retrasada (antes de toda a semana de febre) eu estava correndo de manhã, como fazia todo o dia ainda, e na volta o comércio já estava abrindo quando divisei a seguinte cena: uma mulher enfeitava uma árvore de natal na vitrine, juntamente com papai Noel, todo aquele verde e aquilo tudo que sabemos. Instantaneamente parei, tomei um choque e automaticamente larguei um inevitável: “PORRA!”
Não acreditei, já chegamos nessa lengalenga de novo. Aquilo foi tão decepcionante que o meu ritmo até em casa diminui, ganhou ares de tortura, vinha pensando em tudo aquilo de novo. Aquelas “musiquinhas” chatas, família reunida só falando mal dos outros, comida ruim, sentimentalismo, luzes cafonas, uma festividade realmente chata e triste. Você começa a lembrar em tudo que te aconteceu esse ano, primeiro as coisas boas, daí ficamos triste pela saudade, depois as ruins e aí, bom, aí vem aquele negócio de que está acabando, ano que vem vai ser diferente, mas sabe que não será. É triste igual.
E para não parecer fria, sem coração e outras coisas sozinha, há várias pessoas que pensam como eu. Natal é uma chatice! Isso que eu nem falei na história dos presentes. Ah o capitalismo, por que presente Jesus? Aliás, na teoria o aniversário é dele, não meu, nem de ninguém. Não quero dar presente por um dia, prefiro dar um presente por nada, do que por um dia que estão esperando somente pelo presente.
Por favor, se alguém tiver artimanhas eficazes para passar esse período de uma vez, me avise. Já tentei tentar ignorar, me isolar, mas nada da certo. As musiquinhas e a figura do velho babão do papai Noel me seguem.
O jeito é tentar achar o melhor como o baile de natal, passar uns dias em casa sem fazer nada e esperar a festa de reveillon, fora isso, é difícil.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
O que foi que eu perdi ?
Talvez eu ande demasiadamente romântica nos últimos dias e estou começando a cogitar a possibilidade de culpar a TPM. Tenho prestado muita atenção em todos os momentos de contos de fadas dos filmes que assisto ultimamente.
Domingo passado acordei enquanto passava Click (Frank Coraci, 2006) na televisão, verdade que assisti só ao final e que não se trata da dramatização do amor em essência, mas achei-o emocionadamente romântico (sim, eu chorei). Antes disto, sábado, enquanto fazia algo mais do que nada na internet, acompanhava Da magia a sedução (Griffin Dunne, 1998) com suas bruxinhas, sapos e tudo mais, mas foi necessária apenas uma cena pra que sem perceber, o pranto caísse. E assim foi durante Cidade dos Anjos (Brad Silberling, 1998) e também Invasão de domicílio (Anthony Minghella, 2006), aqui devo mencionar que o Jude Law sempre teve esse poder sobre mim.
A questão aqui não é meu chororô, mas sim o romantismo. Em todos estes momentos homens apaixonados nos comovem a se capitular a todos os efeitos de uma bela dama. E em algum momento eu perdi alguma coisa, de algum lugar provém, a inspiração pra tudo isto. Mas de onde? Eu ouvi meus pais, tios e o pessoal dos mil e novecentos e lá vai pedrada, contando sobre seus inícios de relacionamento, o namoro na sala, o noivado e o tempo de “paquera” que se corria para se conhecer melhor. Particularmente eu sempre achei uma perda de tempo angustiante. Mas analisando eu pensei, como se dava valor a tudo, mais especificamente: como se dava importância ao amor.
Não que eu não acredite nos amores verdadeiros de hoje, mas sinceramente não o percebo como valor primordial. No caso, creio estar sendo hipócrita, já que nunca me apaixonei e nem entreguei meu coraçãozinho campesino a ninguém, mas isso não vem ao caso também. O que me refiro é que nunca vi ou sequer ouvi falar de um amor cinematográfico, que me fizesse afogar em lágrimas como nos filmes. Onde foi parar aquele grande espetáculo que resulta numa bela história de amor?
Sei que isso é repetitivo, que o mundo mudou, vamos aproveitar e blábláblá, mas como uma doente espectadora romântica eu me pergunto: Quem inspirará os filmes de amanhã?
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Nunca subestime o poder de uma grande história!
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Óin...
domingo, 18 de outubro de 2009
O novo brinquedinho
Nos últimos meses, tem se visto muito sobre o twitter. Internet, revistas, televisão, rádio, todos os meios de mídia e seus respectivos famosos aderiram à tendência e é esse um dos principais fatores que fazem do What do you doing? uma febre mundial.
Na minha opinião, esse é o mágico do brinquedinho. Pessoas comuns de todo o mundo estão mais próximos do que nunca de seus ídolos. Estamos sabendo a todo o momento o que eles fazem, e se o seguirmos por alguns dias, será fácil desenhar o perfil oculto de tais figuras que jamais seriam descobertos sem isso.
Eu já entrei nessa há alguns bons meses, enquanto ele ainda não era tão divulgado. Confesso que no início achei um tanto sem graça, mas com a adesão de mais e mais participantes, achei interessante saber das notícias do mundo e das pessoas, sem ser através de revistas e sites de fofoca. Devo confessar também, que não é lero-lero de celebridade, o negócio vicia mesmo.
Ao que me referia antes sobre a aproximação com celebridades, posso contar um exemplo que “presenciei” estes dias. Através do meu twitter sigo o Alexandre Fetter e a Rodaika, o casal mais pop do Rio Grande do Sul. Ele trabalha na Atlântida, a maior rede de rádios do sul do país - como diz o slogan - e ela é apresentadora da RBS TV e da TVcom. Bom, uma noite dessas estavam os dois a “twittar” com seus fãs, sempre achei os dois muito simpáticos em seus twitts, mas até aquele dia nada havia me enternecido tanto. Eles estavam twittando juntos e de repente começaram a se falar pelo twitter. Frases como: vem durmir ou declarações de amor que geralmente se ouvem entre casais “normais”. Aquilo realmente me comoveu, percebi o quanto mostrava o lado humano dos famosos, jamais imaginaríamos algo assim, se não fosse possível vê-los assim. Algo do tipo: “Nossa, eles são normais e chegaram onde estão!” invadiu minha cabeça. Quer dizer que posso chegar onde eu quero também!
Acho meio tietagem demais até, mas é possível não ter admiração por pessoas que se destacam mais que a gente devido ao seu talento? Meu professor chamaria isso de influência da cultura de massa, mas já falei sobre isso em um texto anterior. Quando o Alexandre deu um RT (espécie de resposta) na minha frase onde eu me referia a isto e ainda por cima comentando como SENSACIONAL, aí sim a sensação de “nossa ele é igual a mim” me tomou, fiquei feliz ao mesmo tempo em que pensava: como eu sou idiota!
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Amizades...
Dentre os significados do Aurélio para a palavra amizade encontramos: 1. Sentimento fiel de afeição, simpatia, estima ou ternura entre pessoas que geralmente não são ligadas por laços de família ou por atração sexual; 2. Estima, simpatia ou camaradagem entre grupos ou entidades. E a eles devo adicionar o sentimento de cumplicidade e a empatia consequente da partilha de sentimentos em comum.
Os grupos de amizades geralmente se formam após o grupo familiar e como se diz: os amigos são a família que podemos escolher, já que a outra nos é imposta. Esta escolha parte dos pressupostos que citei acima, mas as formas que estes laços se desenvolvem que são inumeramente diversas e é sobre uma delas que gostaria de compartilhar alguns pensamentos: a amizade virtual.
Sim, a internet que hoje se encontra em absolutamente tudo na nossa vida prática, também ocupa um espaço considerável no campo de relacionamentos pessoais. Isto se este não for seu principal foco entre alguns indivíduos. Os sites de relacionamento oferecem a oportunidade de interagirmos com pessoas que residem a km de distância, até mesmo em cantos longínquos do mundo. Mas é sobre a influência saudável ou não dessas interações que se estabelecem os pontos de maior discussão. Este relacionamento pode ou não ser considerado uma verdadeira amizade?
Bom, baseados nos aspectos necessários que já falamos, sim é uma amizade. Porém, os que se colocam contra essa “convivência” argumentam que o não conhecimento físico propicia a possibilidade de um indivíduo simplesmente criar um personagem que não seja o seu próprio caráter. Isso sem falar dos grandes riscos a que não farei considerações por serem situações radicalmente extremas as que trato aqui. Neste sentido, penso que isso se passa nas amizades denominadas “comuns” também. Há situações em que podemos conviver grande tempo com uma pessoa, sem saber verdadeiramente sobre traços de seu caráter que algum dia pode vir a nos desenganar, e até mesmo nos desapontar. Enxergamos nas pessoas somente aquilo que nos é deixado ver, da mesma forma que no mundo virtual.
Acredito na sinceridade de amizades distantes. Aqueles amigos talvez estejam muito mais presentes do que alguns que convivemos fisicamente todo o dia. Aquela amizade criada no mundo “irreal” comum é alimentada pelos verdadeiros sentimentos de cumplicidade. Quando não há a presença intensa e constante de tais sentimentos, os laços são rompidos rapidamente, o que geralmente não acontece em nossa vida pessoal. Às vezes somos impulsados a manter relações que não nos trazem total conforto emocional, mas que por fatores externos a nossa vontade não podem ser extintas.
Eles estão ali, basta ligarmos a tela e eles estarão prontos a escutar, dispostos a falar e abertos a sessões de trocas de experiências e auxílio. Do que chamar isso, se não amizade?
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Personalidade ou conformidade ?
Na semana acadêmica de História, tivemos uma conferência sobre Indústria Cultural, a primeira vista parece um tema mais ligado a produção de cultura e como os modos desta produção se transformaram durante a história. Mas no decorrer dos trabalhos percebi que o foco tratado não era bem esse, falava-se sobre as consequências da indústria cultural atual (que se estabilizou desde a segunda grande guerra) sobre as pessoas e seu modo de vida. A chamada cultura de massa.
Fui percebendo que aquilo estava focando diretamente a futilidade dos pensamentos que regem a conduta das pessoas comuns, isto é, a sua alta exposição ao que lhe é externo sem a ação do senso crítico. Resumindo em boas palavras: a falta de personalidade, a criação de um estereótipo único dentro de uma classe, de uma faixa etária, dos gêneros feminino e masculino, etc.
Fico pensando em quantas vidas essa banalização da singularidade influenciou de modo pessimista e até mesmo aonde não influenciou a mim mesma. O fato é que até tomar consciência do que queria pra mim (se é que eu já sei), muitas vezes me recriminei pela minha grande diferença referente às outras pessoas, principalmente meninas da minha idade. Claro isso nunca tomou proporções preocupantes, mas minha mãe chegou a me dizer certas vezes: “_ Se tuas amizades nunca dão ‘certo’, talvez o problema seja contigo, tu não da certo com ninguém!” E aquilo me instigava, eu realmente não dava certo, por que não me parecia com ninguém, não aceitava certas normas estéticas e comportamentais que as outras meninas aceitavam.
Voltando ao rumo do assunto, localizar os pontos em que nos submetemos a essa influência que a indústria cultural nos impõe não foi difícil. Quando estava escutando rádio, o que faço frequentemente, percebi que em meio a algumas músicas do meu gosto, tocavam outras que não me agradavam nem um pouco, mas eu as escutei e o pior, eu sabia a letra todinha. Elas estavam tocando, alguém estava impondo elas aos meus ouvidos. É claro, no momento que desligasse o rádio elas não seriam mais impostas, porém eu não desligo porque o rádio já faz parte do meu cotidiano, estou acostumada a ouvi-lo desde pequena quando minha mãe ligava todos os dias enquanto cozinhava nosso almoço. Aqui se explica uma das principais forças acionais desta cultura: a hereditariedade.
Escrevo isso para ilustrar que tudo o que foi apresentado não fez eu me recriminar, isso que não listei aqui os exemplos mais radicais que foram citados na conferência. Estamos tão incluídos nesse sistema que mesmo que se nos instruirmos a sair desse patamar cultural, as ações das outras pessoas nos afetarão nesse ponto e será impossível aparar-se desse mundo. Creio que o mais sensato é não deixarmos refletir tudo aquilo que nos externa, ou pelo menos não sem aplicar a tudo nosso próprio senso crítico. E também acho que se levarmos a vida com aquilo que nos faz realmente bem, mesmo que isso não seja original, não será tão prejudicial. Isto só se tornará verdade se essa for a nossa verdadeira vontade e não aquilo que nos impõe o mundo exterior. Por que afinal, o resto é resto.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Belo documentário
No filme Nós que aqui estamos por vós esperamos, produzido no Brasil no ano de 1998, o diretor e produtor Marcelo Masagão retrata o século XX de uma forma ficcional, porém o uso de imagens e fatos verídicos traz um ar do gênero documentário incorporado ao sentimento poético da obra.
O século sangrento e revolucionário que foi o século XX é mostrado de maneira emocionante, ao se explorar fatos que marcaram a história da humanidade. A explosão industrial, as guerras, a tomada de espaço das mulheres em todos os setores, as diferenças dos avanços tecnológicos em diferentes partes do mundo e também a popularização de uma cultura de hábitos de massa.
Essa cultura é mostrada explicitamente no filme, a industrialização dos locais de trabalho, os eletrodomésticos, a vida exaustiva e conturbada das cidades, tudo isso são fatores parciais de uma forma de vida que se tornava “moda” do século passado.
Através de personagens fictícios e figuras conhecidas, Marcelo Masagão faz uma mostra desta cultura que transformaria não só o modo de viver, mas também o de pensar, a realidade intelectual da humanidade.
A evolução da fabricação de automóveis, que deu as cidades aquele aspecto de novo mundo, deixaram-se os cavalos, o carro é um dos, se não o maior, ícone da vida comodista e corrida que nasceu no século XX. A eletricidade, o rádio, famílias reuniam-se em frente ao novo aparelho, deixava-se os livros, as conversas sobre a vida, sobre a família, as rádionovelas eram o assunto. Com a chegada da televisão o hábito se exacerbou. Agora os ídolos não eram mais figuras políticas, históricas, líderes ideológicos, agora eram personagens, aquilo era idealizado e transmitido para o dia-a-dia, tomando espaço de muitas coisas que foram esquecidas.
Essas evoluções chegaram também aos campos de batalha, no lugar da espada do século XIX, agora se encontram a bomba, os aviões, as metralhadoras, artigos bem mais eficientes em seu propósito.
Em todo este contexto o que fica mais eminente é a banalização da vida humana. Pessoas não são mais vistas como indivíduos, mas sim com parte e um todo. Agora são consumidores, soldados, espectadores, pedestres. O que antes identificava um homem, agora identifica um grupo, uma nação ou até mesmo uma “raça”.
Fatos como a revolução do sexo feminino contra um mundo machista e até mesmo doenças modernas como o estresse, podem ser tomados como resultado desse processo que enxurrou o século XX. As ocasiões propiciavam tais consequências e algumas pessoas que se sobressaíam aos demais, aproveitavam as oportunidades e ficaram conhecidos como pioneiros de certos movimentos. Marcaram o mundo com suas ideologias, tinham apoio na persuasão dos demais, aproveitando-se da receptividade dos homens para mudanças, sejam elas boas ou más.
Durante o século passado, a humanidade fechou os olhos para si e abriu-os para o mundo, ao aceitar as mudanças culturais de hábitos, estava condenando talvez o futuro da humanidade a serem meros espectadores de suas próprias vidas.
O meu enem...
Com essa história do Enem desse ano, estava eu relembrando a minha “saga” no mesmo período do ano passado. Não fazia muita idéia do que aquilo podia me traze, mas enfim, o negócio simplesmente determinou os rumos da minha vida, por simples detalhes e hoje que estou aqui, penso em vários dos rumos que minha vida poderia ter tomado.
Bom, até ai tudo bem. Nunca estudei pra tal prova, e chegando os dias, descobri que haveria uma festa muito boa na cidade vizinha, queria muito ir, mas minha mãe ficou falando da prova taaanto, mas taaaanto, que me fez ir fazê-la.
Era longe de casa, fui dois dias antes, tinha festa também (não, eu não iria de tão boa vontade assim) e eu fui. Resumindo, fui fazer a prova no domingo a tarde, calor, aliás muito calor e eu ainda sentei na janela aonde pegava sol. Em 20 min de prova, a cabeça começou a estourar, fiz de todo o jeito. Acabou-se o drama. Fui embora.
Passando ao segundo momento da história, tive a pontuação mínima exigida, mas a média bem alta, poderia escolher as 5 opções de curso. Entretanto, como de costume, esqueci. Época de formatura, só parava em casa pra dormir e olhe lá. No dia da formatura, as 3:30 h da tarde, lembro-me que o prazo de inscrição é até as 5 da tarde. Saio eu desesperada pra frente do computador, uma formatura pra terminar de organizar, uma maquiagem e um vestido que não davam certo e tendo que decidir o meu futuro ali, em 5 min.
Bom, se listar aqui os cursos e faculdade que escolhi, estaria mentindo, por que não lembro as que escolhi, exceto a que eu curso hoje. Mas o fato é que coloquei opções bem aleatórias, algo bem sem sentido mesmo. Tempos depois, recebo o e-mail dizendo que havia passado na UPF e juro, se no e-mail não informasse o curso que eu tinha passado, eu não saberia para que eu havia ganhado uma bolsa.