sexta-feira, 30 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Nunca subestime o poder de uma grande história!
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Óin...
domingo, 18 de outubro de 2009
O novo brinquedinho
Nos últimos meses, tem se visto muito sobre o twitter. Internet, revistas, televisão, rádio, todos os meios de mídia e seus respectivos famosos aderiram à tendência e é esse um dos principais fatores que fazem do What do you doing? uma febre mundial.
Na minha opinião, esse é o mágico do brinquedinho. Pessoas comuns de todo o mundo estão mais próximos do que nunca de seus ídolos. Estamos sabendo a todo o momento o que eles fazem, e se o seguirmos por alguns dias, será fácil desenhar o perfil oculto de tais figuras que jamais seriam descobertos sem isso.
Eu já entrei nessa há alguns bons meses, enquanto ele ainda não era tão divulgado. Confesso que no início achei um tanto sem graça, mas com a adesão de mais e mais participantes, achei interessante saber das notícias do mundo e das pessoas, sem ser através de revistas e sites de fofoca. Devo confessar também, que não é lero-lero de celebridade, o negócio vicia mesmo.
Ao que me referia antes sobre a aproximação com celebridades, posso contar um exemplo que “presenciei” estes dias. Através do meu twitter sigo o Alexandre Fetter e a Rodaika, o casal mais pop do Rio Grande do Sul. Ele trabalha na Atlântida, a maior rede de rádios do sul do país - como diz o slogan - e ela é apresentadora da RBS TV e da TVcom. Bom, uma noite dessas estavam os dois a “twittar” com seus fãs, sempre achei os dois muito simpáticos em seus twitts, mas até aquele dia nada havia me enternecido tanto. Eles estavam twittando juntos e de repente começaram a se falar pelo twitter. Frases como: vem durmir ou declarações de amor que geralmente se ouvem entre casais “normais”. Aquilo realmente me comoveu, percebi o quanto mostrava o lado humano dos famosos, jamais imaginaríamos algo assim, se não fosse possível vê-los assim. Algo do tipo: “Nossa, eles são normais e chegaram onde estão!” invadiu minha cabeça. Quer dizer que posso chegar onde eu quero também!
Acho meio tietagem demais até, mas é possível não ter admiração por pessoas que se destacam mais que a gente devido ao seu talento? Meu professor chamaria isso de influência da cultura de massa, mas já falei sobre isso em um texto anterior. Quando o Alexandre deu um RT (espécie de resposta) na minha frase onde eu me referia a isto e ainda por cima comentando como SENSACIONAL, aí sim a sensação de “nossa ele é igual a mim” me tomou, fiquei feliz ao mesmo tempo em que pensava: como eu sou idiota!
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Amizades...
Dentre os significados do Aurélio para a palavra amizade encontramos: 1. Sentimento fiel de afeição, simpatia, estima ou ternura entre pessoas que geralmente não são ligadas por laços de família ou por atração sexual; 2. Estima, simpatia ou camaradagem entre grupos ou entidades. E a eles devo adicionar o sentimento de cumplicidade e a empatia consequente da partilha de sentimentos em comum.
Os grupos de amizades geralmente se formam após o grupo familiar e como se diz: os amigos são a família que podemos escolher, já que a outra nos é imposta. Esta escolha parte dos pressupostos que citei acima, mas as formas que estes laços se desenvolvem que são inumeramente diversas e é sobre uma delas que gostaria de compartilhar alguns pensamentos: a amizade virtual.
Sim, a internet que hoje se encontra em absolutamente tudo na nossa vida prática, também ocupa um espaço considerável no campo de relacionamentos pessoais. Isto se este não for seu principal foco entre alguns indivíduos. Os sites de relacionamento oferecem a oportunidade de interagirmos com pessoas que residem a km de distância, até mesmo em cantos longínquos do mundo. Mas é sobre a influência saudável ou não dessas interações que se estabelecem os pontos de maior discussão. Este relacionamento pode ou não ser considerado uma verdadeira amizade?
Bom, baseados nos aspectos necessários que já falamos, sim é uma amizade. Porém, os que se colocam contra essa “convivência” argumentam que o não conhecimento físico propicia a possibilidade de um indivíduo simplesmente criar um personagem que não seja o seu próprio caráter. Isso sem falar dos grandes riscos a que não farei considerações por serem situações radicalmente extremas as que trato aqui. Neste sentido, penso que isso se passa nas amizades denominadas “comuns” também. Há situações em que podemos conviver grande tempo com uma pessoa, sem saber verdadeiramente sobre traços de seu caráter que algum dia pode vir a nos desenganar, e até mesmo nos desapontar. Enxergamos nas pessoas somente aquilo que nos é deixado ver, da mesma forma que no mundo virtual.
Acredito na sinceridade de amizades distantes. Aqueles amigos talvez estejam muito mais presentes do que alguns que convivemos fisicamente todo o dia. Aquela amizade criada no mundo “irreal” comum é alimentada pelos verdadeiros sentimentos de cumplicidade. Quando não há a presença intensa e constante de tais sentimentos, os laços são rompidos rapidamente, o que geralmente não acontece em nossa vida pessoal. Às vezes somos impulsados a manter relações que não nos trazem total conforto emocional, mas que por fatores externos a nossa vontade não podem ser extintas.
Eles estão ali, basta ligarmos a tela e eles estarão prontos a escutar, dispostos a falar e abertos a sessões de trocas de experiências e auxílio. Do que chamar isso, se não amizade?
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Personalidade ou conformidade ?
Na semana acadêmica de História, tivemos uma conferência sobre Indústria Cultural, a primeira vista parece um tema mais ligado a produção de cultura e como os modos desta produção se transformaram durante a história. Mas no decorrer dos trabalhos percebi que o foco tratado não era bem esse, falava-se sobre as consequências da indústria cultural atual (que se estabilizou desde a segunda grande guerra) sobre as pessoas e seu modo de vida. A chamada cultura de massa.
Fui percebendo que aquilo estava focando diretamente a futilidade dos pensamentos que regem a conduta das pessoas comuns, isto é, a sua alta exposição ao que lhe é externo sem a ação do senso crítico. Resumindo em boas palavras: a falta de personalidade, a criação de um estereótipo único dentro de uma classe, de uma faixa etária, dos gêneros feminino e masculino, etc.
Fico pensando em quantas vidas essa banalização da singularidade influenciou de modo pessimista e até mesmo aonde não influenciou a mim mesma. O fato é que até tomar consciência do que queria pra mim (se é que eu já sei), muitas vezes me recriminei pela minha grande diferença referente às outras pessoas, principalmente meninas da minha idade. Claro isso nunca tomou proporções preocupantes, mas minha mãe chegou a me dizer certas vezes: “_ Se tuas amizades nunca dão ‘certo’, talvez o problema seja contigo, tu não da certo com ninguém!” E aquilo me instigava, eu realmente não dava certo, por que não me parecia com ninguém, não aceitava certas normas estéticas e comportamentais que as outras meninas aceitavam.
Voltando ao rumo do assunto, localizar os pontos em que nos submetemos a essa influência que a indústria cultural nos impõe não foi difícil. Quando estava escutando rádio, o que faço frequentemente, percebi que em meio a algumas músicas do meu gosto, tocavam outras que não me agradavam nem um pouco, mas eu as escutei e o pior, eu sabia a letra todinha. Elas estavam tocando, alguém estava impondo elas aos meus ouvidos. É claro, no momento que desligasse o rádio elas não seriam mais impostas, porém eu não desligo porque o rádio já faz parte do meu cotidiano, estou acostumada a ouvi-lo desde pequena quando minha mãe ligava todos os dias enquanto cozinhava nosso almoço. Aqui se explica uma das principais forças acionais desta cultura: a hereditariedade.
Escrevo isso para ilustrar que tudo o que foi apresentado não fez eu me recriminar, isso que não listei aqui os exemplos mais radicais que foram citados na conferência. Estamos tão incluídos nesse sistema que mesmo que se nos instruirmos a sair desse patamar cultural, as ações das outras pessoas nos afetarão nesse ponto e será impossível aparar-se desse mundo. Creio que o mais sensato é não deixarmos refletir tudo aquilo que nos externa, ou pelo menos não sem aplicar a tudo nosso próprio senso crítico. E também acho que se levarmos a vida com aquilo que nos faz realmente bem, mesmo que isso não seja original, não será tão prejudicial. Isto só se tornará verdade se essa for a nossa verdadeira vontade e não aquilo que nos impõe o mundo exterior. Por que afinal, o resto é resto.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Belo documentário
No filme Nós que aqui estamos por vós esperamos, produzido no Brasil no ano de 1998, o diretor e produtor Marcelo Masagão retrata o século XX de uma forma ficcional, porém o uso de imagens e fatos verídicos traz um ar do gênero documentário incorporado ao sentimento poético da obra.
O século sangrento e revolucionário que foi o século XX é mostrado de maneira emocionante, ao se explorar fatos que marcaram a história da humanidade. A explosão industrial, as guerras, a tomada de espaço das mulheres em todos os setores, as diferenças dos avanços tecnológicos em diferentes partes do mundo e também a popularização de uma cultura de hábitos de massa.
Essa cultura é mostrada explicitamente no filme, a industrialização dos locais de trabalho, os eletrodomésticos, a vida exaustiva e conturbada das cidades, tudo isso são fatores parciais de uma forma de vida que se tornava “moda” do século passado.
Através de personagens fictícios e figuras conhecidas, Marcelo Masagão faz uma mostra desta cultura que transformaria não só o modo de viver, mas também o de pensar, a realidade intelectual da humanidade.
A evolução da fabricação de automóveis, que deu as cidades aquele aspecto de novo mundo, deixaram-se os cavalos, o carro é um dos, se não o maior, ícone da vida comodista e corrida que nasceu no século XX. A eletricidade, o rádio, famílias reuniam-se em frente ao novo aparelho, deixava-se os livros, as conversas sobre a vida, sobre a família, as rádionovelas eram o assunto. Com a chegada da televisão o hábito se exacerbou. Agora os ídolos não eram mais figuras políticas, históricas, líderes ideológicos, agora eram personagens, aquilo era idealizado e transmitido para o dia-a-dia, tomando espaço de muitas coisas que foram esquecidas.
Essas evoluções chegaram também aos campos de batalha, no lugar da espada do século XIX, agora se encontram a bomba, os aviões, as metralhadoras, artigos bem mais eficientes em seu propósito.
Em todo este contexto o que fica mais eminente é a banalização da vida humana. Pessoas não são mais vistas como indivíduos, mas sim com parte e um todo. Agora são consumidores, soldados, espectadores, pedestres. O que antes identificava um homem, agora identifica um grupo, uma nação ou até mesmo uma “raça”.
Fatos como a revolução do sexo feminino contra um mundo machista e até mesmo doenças modernas como o estresse, podem ser tomados como resultado desse processo que enxurrou o século XX. As ocasiões propiciavam tais consequências e algumas pessoas que se sobressaíam aos demais, aproveitavam as oportunidades e ficaram conhecidos como pioneiros de certos movimentos. Marcaram o mundo com suas ideologias, tinham apoio na persuasão dos demais, aproveitando-se da receptividade dos homens para mudanças, sejam elas boas ou más.
Durante o século passado, a humanidade fechou os olhos para si e abriu-os para o mundo, ao aceitar as mudanças culturais de hábitos, estava condenando talvez o futuro da humanidade a serem meros espectadores de suas próprias vidas.
O meu enem...
Com essa história do Enem desse ano, estava eu relembrando a minha “saga” no mesmo período do ano passado. Não fazia muita idéia do que aquilo podia me traze, mas enfim, o negócio simplesmente determinou os rumos da minha vida, por simples detalhes e hoje que estou aqui, penso em vários dos rumos que minha vida poderia ter tomado.
Bom, até ai tudo bem. Nunca estudei pra tal prova, e chegando os dias, descobri que haveria uma festa muito boa na cidade vizinha, queria muito ir, mas minha mãe ficou falando da prova taaanto, mas taaaanto, que me fez ir fazê-la.
Era longe de casa, fui dois dias antes, tinha festa também (não, eu não iria de tão boa vontade assim) e eu fui. Resumindo, fui fazer a prova no domingo a tarde, calor, aliás muito calor e eu ainda sentei na janela aonde pegava sol. Em 20 min de prova, a cabeça começou a estourar, fiz de todo o jeito. Acabou-se o drama. Fui embora.
Passando ao segundo momento da história, tive a pontuação mínima exigida, mas a média bem alta, poderia escolher as 5 opções de curso. Entretanto, como de costume, esqueci. Época de formatura, só parava em casa pra dormir e olhe lá. No dia da formatura, as 3:30 h da tarde, lembro-me que o prazo de inscrição é até as 5 da tarde. Saio eu desesperada pra frente do computador, uma formatura pra terminar de organizar, uma maquiagem e um vestido que não davam certo e tendo que decidir o meu futuro ali, em 5 min.
Bom, se listar aqui os cursos e faculdade que escolhi, estaria mentindo, por que não lembro as que escolhi, exceto a que eu curso hoje. Mas o fato é que coloquei opções bem aleatórias, algo bem sem sentido mesmo. Tempos depois, recebo o e-mail dizendo que havia passado na UPF e juro, se no e-mail não informasse o curso que eu tinha passado, eu não saberia para que eu havia ganhado uma bolsa.