segunda-feira, 5 de setembro de 2011

E a saudade de hoje

 O tempo é a inconcretude da vida, por ele passamos, por meio dele seguimos, sem ele muitas vezes nos perdemos, mas com certeza mais foram às vezes que ele nos fez confusos diante de sua imponência. A confusão é natural e seu maior sintoma é a saudade, ela não é a mesma de ontem e provavelmente será diferente daquela de amanhã, mas a de hoje é sempre especial. A saudade de hoje envolve sorrisos por nada, lágrimas por menos ainda, uma escadaria lotada todo dia que mais parecia um ritual. Saudade de quando a maior preocupação era a prova de matemática ou sermos gentis em troca da permissão do sábado a noite. Saudade de quando tudo era intenso e no outro dia o tudo não tinha passado de uma confusão, o pra sempre era pra sempre, o nunca era até mudar de ideia. Saudade de quando uma briga, apesar dos motivos fúteis, me provocavam mais comoção das que hoje me fazem indagar a razão. Saudade de quando a efemeridade da vida e a falta daqueles que partiram jamais seriam cotados como pauta de reunião. Mas a maior saudade é de quando a maior saudade era de no máximo uma semana. Se pudesse pedir algo ao tempo, ele que se perpetuará a diante de nossa boa memória e de todos os registros que possamos deixar, é que ele conte a nossos filhos, netos e além, o quanto éramos felizes e sabíamos, pois a felicidade jamais seria plena, sem a consciência de sua presença.

Voltei

A pedidos, nem tantos, tá nenhum, vou reativar essa privada de letras. Espero que leiam, ou não também, por que ando meio tímida com minhas ideias.


Obrigada!